sexta-feira, março 29, 2024

Líder do Sinn Féin diz que apenas os ricos podem se dar ao luxo de viver nas cidades da Irlanda

Líder do Sinn Féin diz que apenas os ricos podem se dar ao luxo de viver nas cidades da Irlanda

Alugar uma casa em Dublin pode custar um total de 28.000 mil euros por um ano, disse a líder do Sinn Féin (partido político Irlandês), Mary Lou McDonald.

Ela enviou um relatório para que o governo (junto com o seu partido) reconheça a emergência habitacional no país.

Neste relatório consta uma pesquisa de preços de aluguel publicada ontem (22) pelo site daft.ie que mostrou um aumento recorde de 14% nos aluguéis do ano passado.

Ela pediu ao governo que congele os aluguéis pelos próximos três anos, e informou que os aluguéis na cidade de Cork podem chegar a 1.700 euros por mês, enquanto em Dublin a média mensal é de 2.258 euros por mês

“Quem consegue pagar esse preço absurdo no aluguel? Bem, a resposta é muito pequena”, disse a líder do Sinn Féin, em uma reunião do governo.

A crise habitacional atinge a classe média

Ainda de acordo com Mary Lou, apenas os mais ricos podem se dar ao luxo de viver nas cidades da Irlanda e os sindicatos de professores alertaram que os custos da moradia estão afetando as escolas e a educação no país.

Ela ressaltou que a crise será agravada pelo número recorde de moradores de rua neste final de semana.

Apesar do investimento do governo para tentar tornar as casas sociais acessíveis, a tendência é que a crise habitacional se agrave no próximo ano.

Desentendimento na Reunião

O primeiro Ministro, Micheál Martin, se desentendeu com Mary Lou e disse que o Sinn Féin recentemente se apegou ao termo “emergência habitacional” como se fosse uma espécie de remédio mágico.

Ela relatou que descreveu a situação habitacional como “uma emergência social” em setembro de 2021, quando lançou o projeto Habitação para Todos.

“Você e seu partido sempre se opuseram às políticas habitacionais e a projetos específicos de desenvolvimento habitacional”, disse o Ministro a Mary Lou.

Segundo ele o Sinn Féin se opôs ao esquema Help to Buy, que ajudou a abrigar 35.000 pessoas, e se opôs ao esquema First Home.

Ele acusou Mary Lou de se opor especificamente a grandes projetos habitacionais em Clonliffe, Cabra e Moore Street em seu próprio distrito eleitoral de Dublin Central.

A líder trabalhista Ivana Bacik disse que o relatório do Daft era outra “acusação de falhas do governo” na habitação.

Ela apontou para os aluguéis em Dublin, incluindo seu próprio distrito eleitoral de Dublin Bay South, que chega a custar mais de 2.200 euros, e acrescentou que os aluguéis estavam subindo 20% em áreas como Longford e Cavan.

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