O governo da Irlanda está considerando planos para conceder residência permanente a mais de 30.000 ucranianos que possuem empregos estáveis ou estão envolvidos em programas educacionais no país. Ao mesmo tempo, estão sendo exploradas opções para fornecer assistência social a dezenas de milhares de outros ucranianos, a fim de apoiar o retorno voluntário deles ao seu país de origem. No entanto, as autoridades estão cientes de que a concessão de residência a alguns ucranianos pode levar seus familiares a se juntarem a eles, o que poderia sobrecarregar ainda mais o sistema de acomodação para refugiados no país.
Em uma reunião do comitê de gabinete no início deste mês, foram discutidas propostas preliminares para o futuro dos aproximadamente 75.000 ucranianos que residem na Irlanda. Os ministros receberam dados de uma pesquisa realizada pela Ação Ucraniana na Irlanda, revelando que 41% dos refugiados que atualmente se beneficiam de proteção temporária decidiram permanecer no país. Cerca de 24% planejam retornar para casa, enquanto aproximadamente 24.000 estão indecisos em relação aos seus planos.
As propostas iniciais mencionam a possibilidade de conceder residência aos ucranianos que possuem “emprego estável ou estão envolvidos em programas educacionais”, ao mesmo tempo em que incentivam retornos voluntários, fornecendo apoio contínuo por um período determinado para garantir a segurança daqueles que retornam. No entanto, qualquer decisão dependerá da extensão da diretiva de proteção temporária pela União Europeia. Estender a diretiva até março de 2025 é considerado uma possibilidade real, segundo um documento informativo visto pelos ministros.
