O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, disse que o relatório final do Ministério da Defesa “não indicou nenhuma fraude ou instabilidade nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022”.
Moraes disse, em uma comunicação, que as urnas eletrônicas são “motivo de orgulho nacional” e que as sugestões direcionadas no relatório da Defesa “para aprimoramento do sistema serão oportunamente analisadas”. Acrescentou ainda que “as eleições de 2022 confirmam a eficácia, lisura e total transparência da apuração e conclusão dos votos”.
De acordo com a nota oficial, o TSE “adquiriu com satisfação” o documento, cujo conteúdo comprovou a conclusão de “todas as demais entidades fiscalizadoras” quanto à higidez do pleito.
Ministério da Defesa
O parecer do Ministério da Defesa acerca do sistema eletrônico de votação assegura a conformidade dos boletins de urna impressos e os dados disponibilizados Tribunal Superior Eleitoral.
O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, propôs ao TSE a formação de uma comissão específica para discutir de maneira mais profunda os protocolos de compilação do código-fonte e de geração dos códigos binários das urnas.
Oliveira informou que, segundo os técnicos militares, é durante esses processos que pode haver “relevante risco à segurança do sistema” ou mesmo “influência de um eventual código malicioso” capaz de alterar a execução da urna.
O relatório, contudo, não confirma que isso tenha sido verificado nas eleições de 2022, apenas aconselha que sejam realizadas uma “investigação técnica” e uma “análise minuciosa” a respeito, que pudesse envolver “técnicos renomados” da sociedade e das entidades fiscalizadoras, para “vencer os obstáculos e as brechas da fiscalização e a carência de maior certeza quanto à êxito do teste funcional”.
O relatório foi assinado pelo coronel Marcelo Nogueira de Souza, chefe da equipe das Forças Armadas e representante do Exército, coronel aviador Wagner Oliveira da Silva, subchefe da equipe das FA e representante da Aeronáutica, e o capitão de fragata Marcus Rogers Cavalcante Andrade, representante da Marinha, além do ministro da Defesa.
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