Mais de metade dos residentes de Dublin indicaram que evitam o centro da cidade ou nem o frequentam, devido a preocupações com a segurança pública após as recentes cenas de vandalismo, de acordo com uma pesquisa.
A pesquisa também constatou que mais de 80% das pessoas não estariam dispostas a visitar a capital.
Essa situação ocorre após danos significativos, totalizando dezenas de milhões de euros, a infraestruturas públicas em Dublin, incluindo incêndios em ônibus, no Luas e em carros da Garda na O’Connell Street, além de saques em lojas.
As cenas que estamparam manchetes de jornal, incluíram um ataque com faca próximo a uma escola, resultando no ferimentos de três crianças e uma auxiliar de enfermagem.
O Sinn Féin(partido político Irlandês) propôs um movimento de censura à Ministra da Justiça, Helen McEntee,que será debatido no Dáil(equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) na terça-feira, onde será alegada a necessidade de responsabilização pela “falha catastrófica” em manter a segurança das pessoas.
Dentre as 1.000 pessoas entrevistadas, 55% mencionaram que frequentariam mais o centro de Dublin se houvesse uma presença policial mais robusta, enquanto 60% concordaram que levaria muito tempo para se sentirem seguras novamente na capital.
Globalmente, 56% dos habitantes de Dublin e 40% da população nacional afirmaram ter reduzido ou interrompido completamente as visitas à cidade devido a preocupações com segurança e criminalidade.
Aproximadamente 82% daqueles que se tornaram relutantes em visitar a cidade afirmaram ter parado de fazer compras no local, e 62% disseram ter interrompido os passeios a restaurantes.
No entanto, a pesquisa da Amárach Research para o Irish Daily Mail revelou que metade dos residentes de Dublin ainda se orgulha de chamar a cidade de capital da Irlanda, apesar dos acontecimentos.