Um recente estudo realizado pelo Instituto de Assuntos Internacionais e Europeus trouxe à tona importantes considerações sobre os custos econômicos envolvidos em uma possível unificação da Irlanda. Segundo o estudo, uma Irlanda unida poderia gerar um custo anual de cerca de 20 bilhões de euros ao longo de 20 anos. No entanto, esses números são altamente variáveis e dependem de uma série de fatores, incluindo dados anteriores à pandemia de 2019, que poderiam elevar ainda mais esses custos.
Um dos pontos destacados pelo estudo é a necessidade de aumento na tributação em até 25% e/ou a redução significativa nos gastos para cobrir essas despesas. No entanto, o professor Seamus McGuinness, da ESRI(Instituto de Investigação Econômica e Social)ressalta que estimar o valor exato do subsídio (a quantia que o governo irlandês teria que fornecer para apoiar uma Irlanda unida) é uma tarefa complexa e sujeita a diferentes análises.
McGuinness destaca que a produtividade abaixo da média na Irlanda do Norte é uma das principais causas do subsídio, mas ressalta que investimentos e políticas adequadas poderiam reduzir ou até eliminar esses custos ao longo do tempo. No entanto, ele alerta para a necessidade de um planejamento cuidadoso e de políticas eficazes durante qualquer período de transição para uma mudança constitucional.
O estudo também destaca que os custos da unificação poderiam ser consideravelmente reduzidos se a Irlanda do Norte implementasse mudanças significativas em sua economia para aumentar a produtividade. Isso poderia resultar em uma melhoria substancial no padrão de vida e na posição econômica relativa da região, além de diminuir os custos associados à potencial unificação.
Apesar dos desafios econômicos envolvidos, o Ministro de Estado do Comércio, Promoção, Digital e Regulação Empresarial, Dara Calleary, expressou otimismo em relação à unificação, destacando os potenciais benefícios para os sistemas de saúde e educação em ambas as ilhas.
