sábado, abril 19, 2025

Irlanda endurece tom sobre imigração e busca restringir pedidos de asilo

Irlanda endurece tom sobre imigração e busca restringir pedidos de asilo

Nos últimos anos, a imigração tornou-se um tema cada vez mais debatido na Irlanda. O governo agora reconhece que a maioria dos pedidos de asilo não são legítimos e enfrenta pressão para adotar medidas mais rígidas. Políticos independentes, como Carol Nolan e Mattie McGrath, pedem ações imediatas para restringir a entrada de solicitantes que não atendem aos critérios de proteção internacional.

Políticos pressionam por mudanças

A deputada Carol Nolan criticou o que chama de “ataque coordenado” ao sistema de asilo irlandês. Segundo ela, muitas pessoas utilizam esse mecanismo para obter benefícios econômicos e sociais sem terem direito real a proteção internacional. Em 2024, o governo rejeitou 65% dos 14.000 pedidos de asilo e, apenas em janeiro de 2025, a taxa de rejeição subiu para 80%.

Nolan argumenta que a Irlanda precisa abandonar a imagem de “paraíso” para solicitantes de asilo e adotar um modelo mais rigoroso, para fornecer asilo. Ela defende que muitos chegam ao país sem justificativa válida para refúgio e, após desembarcarem, permanecem indefinidamente no país.

Gastos bilionários e falta de fiscalização

Além da preocupação com a alta taxa de rejeição dos pedidos, Nolan destaca o impacto financeiro. Segundo ela, bilhões de euros são gastos para acomodar pessoas sem direito legal de permanecer no país. O governo também destina centenas de milhões a empresas privadas para administrar o sistema, o que, segundo a deputada, prioriza o lucro em detrimento das comunidades locais.

Outro ponto polêmico é que requerentes de asilo que conseguem trabalho não precisam contribuir financeiramente para os custos de sua acomodação. Nolan considera essa situação injusta para os contribuintes irlandeses e pede reformas urgentes.

Precisamos de ação, não de palavras

O deputado Mattie McGrath também criticou a demora do governo em reconhecer o problema. Ele argumenta que o aumento da rejeição dos pedidos de asilo apenas recebeu atenção depois que manifestações começaram em áreas nobres de Dublin. Segundo McGrath, antes disso, qualquer crítica à política migratória era tachada como preconceituosa.

O parlamentar questiona por que tantas pessoas continuam na Irlanda mesmo após terem seus pedidos negados. Para ele, apenas reconhecer o problema não basta. Ele exige medidas concretas para deportar aqueles que não se qualificam para o asilo.

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