sexta-feira, abril 26, 2024

Discriminação aumenta a taxa de suicídio entre a comunidade dos travellers, segundo relatório

Discriminação aumenta a taxa de suicídio entre a comunidade dos travellers, segundo relatório

O racismo e a discriminação é uma das “principais causas” do suicídio entre os travellers(viajantes), de acordo um relatório.

A taxa de suicídio na comunidade Traveler é seis vezes maior do que na população em geral.

Mais de dois terços dos viajantes perderam um ente querido por este problema e quase 90 por cento estão preocupados com o aumento dessa taxa em sua comunidade, diz o relatório que se concentra na crescente comunidade no sul do condado de Dublin.

Conduzido pelos consultores independentes S3 Solutions, especializados em pesquisa comunitária e do setor voluntário, o estudo foi encomendado pelo Clondalkin Travelers Development Group, Tallaght Travelers Development Group e Ballyfermot Traveler Action Project.

Com base em 112 respostas a uma pesquisa on-line, entrevistas semiestruturadas com partes interessadas e cinco grupos com 19 pessoas, os pesquisadores descobriram que cerca de 85% dos entrevistados “conheciam alguém com depressão ou que “sofre de crise nervosa”.

Saúde mental

Embora drogas, álcool, depressão, pobreza e pressões financeiras tenham sido identificadas como as principais causas de suicídio, “houve referências consistentes a experiências diárias de discriminação que têm impacto na saúde mental”.

“Essa discriminação pode assumir muitas formas, incluindo ser seguido em lojas por seguranças ou ser impedido de entrar em bares e restaurantes. Nem todo racismo é óbvio ou flagrante e os participantes do grupo geralmente refletem sobre a forma consistente e sutil de racismo”, dizem os autores.

Um participante disse: “Não é o que as pessoas dizem às vezes, elas são muito cuidadosas. É uma sensação que você tem quando entra em uma loja ou em um consultório médico. É aquele olhar (de discriminação) que somente nós saberíamos identificar. A conversa para, as pessoas te olham de cima a baixo. Só sabe o que é isso, quem já vivenciou essa situação. Isso acontece em todos os lugares que eu vou.”

O relatório continua: “O impacto dessa experiência diária de discriminação e racismo é prejudicial a moral dos viajantes, pois isso os impede de viver sua vida normalmente, como qualquer outra pessoa”.

Preocupação

Questionados se estavam preocupados com o suicídio na comunidade, 89,7% disseram que sim. Uma mãe comentou: “Quando estou preparando meus filhos para a escola, meu coração fica apertado. Eles são muito jovens para saber o que está por vir, mas com certeza isso os atingirá em algum momento.
Eu posso lidar com isso porque estou acostumada, mas meu coração se parte por eles todos os dias. Isso suga as minhas forças, vou para a cama esgotada e temendo o dia seguinte.

O racismo estrutural foi identificado como subjacente às experiências negativas dos viajantes, vão desde habitação, emprego, educação e cuidados de saúde e no envolvimento com a polícia.

Um participante comentou: “Você pode me dar uma boa casa? Você pode me arrumar um emprego? Você pode fazer com que as pessoas parem de nos tratar como lixo? Se a resposta para essas coisas for não, nada mudará. Uma sessão com psicólogos, não pode resolver esses problemas para os viajantes. Meu irmão tirou a própria vida, se eu tivesse a chance de dissuadi-lo, que esperança eu poderia oferecer a ele?

 

 

 

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