terça-feira, dezembro 3, 2024

Aumento alarmante de violência doméstica: Pobreza e pandemia impulsionam assassinatos de mulheres

Aumento alarmante de violência doméstica: Pobreza e pandemia impulsionam assassinatos de mulheres

Uma especialista em crimes na Irlanda, chamada Trina O’Connor, afirmou que a pobreza e a pandemia têm levado a um aumento nos casos de violência doméstica, o que resulta em mais assassinatos de mulheres.

De acordo com Trina, que trabalha com comunidades para identificar as causas e consequências dos crimes, a tensão social e econômica contribui para a violência dentro de casa.

Ela conversou com um jornal local como parte da campanha Stop The Violence, que revelou um aumento significativo no número de mulheres brutalmente assassinadas no ano passado, principalmente em suas próprias residências.

Segundo a especialista, a perda de empregos, o estresse econômico, a dependência financeira e a pobreza, juntamente com condições de moradia instáveis, aumentam o risco de violência doméstica.

Os períodos de lockdown devido à Covid-19 deram aos agressores a oportunidade de controlar as finanças e os movimentos das vítimas. Isso resultou em isolamento social, afastando-as de amigos e familiares.

Infelizmente, para muitas mulheres, estar em casa se tornou o lugar mais perigoso para elas.

O’Connor também defende o aumento das sentenças para esse tipo de assassinato, como um primeiro passo necessário.

Ela afirma que, embora 50% dos assassinos sejam acusados e levados a julgamento, a duração das sentenças não é adequada.

Com bons advogados, os assassinos muitas vezes conseguem penas mais curtas. Quando um agressor recebe apenas uma sentença breve, ele frequentemente volta e desrespeita as ordens judiciais para continuar abusando das vítimas.

Por isso, é importante oferecer serviços adicionais para lidar com a raiva enquanto os agressores estão na prisão.

Uma análise feita por um jornal Irlandês sobre esses assassinatos desde 2019 revelou que 90% das vítimas conheciam o agressor.

A especialista afirma que a violência doméstica está relacionada ao controle e à anulação da vítima.

Quando uma mulher tenta sair de um relacionamento abusivo, é quando ela corre o maior risco.

Os parceiros que matam ou machucam suas esposas ou companheiras são narcisistas, manipuladores e incapazes de controlar seus impulsos. Muitos deles já demonstraram violência em relacionamentos anteriores, mas muitas vezes são pessoas respeitadas na comunidade.

Esses agressores são calculistas e ameaçam punir a vítima, seus entes queridos ou seus animais de estimação caso não obedeçam. É como uma morte lenta e constante.

Os sinais de um parceiro abusivo são claros desde o início, mas muitas vezes a vítima não consegue perceber os alertas.

No início, o agressor pode parecer extremamente amoroso, mas logo começa a controlar a parceira, isolá-la e dizer o que fazer, como se vestir e com quem conviver.

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