O candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu 57,2 milhões de votos no primeiro turno das eleições (2 de outubro) levando em conta a apuração de 99,93% dos votos. Para que vencesse as eleições no primeiro turno, deveria ter recebido pouco mais de 59 milhões de votos, tendo em mente apenas a base dos votos válidos, que somaram 118 milhões. O que jogou a disputa para o segundo turno foi o número de 1,8 milhão de votos.
O atual presidente Jair Bolsonaro (PL), no entanto, obteve 51,06 milhões de votos no primeiro turno. O TSE apurou 99,9% das urnas.
O segundo turno será disputado no dia 30 de outubro. Os rivais devem procurar fazer “alianças” com o que “restou” da terceira via. Simone Tebet (MDB) que alcançou 4,9 milhões de votos, e de Ciro Gomes (PDT) que recebeu 3,6 milhões. Sem mencionar, a soma dos outros candidatos que obtiveram pouco menos de 1,4 milhões de votos. No total, a “terceira via” recebeu cerca de 9,9 milhões de novos votos em disputa.
Lula precisa alcançar 19% dos votos desses demais candidatos no segundo turno. De forma análoga, o caminho para Bolsonaro é mais árduo, e ele precisará conquistar 67% dos votos em disputa para vencer a segunda rodada.
O que também deve se ter em menos, são as taxas de abstenção e os votos em branco e nulos. No primeiro turno, a taxa de abstenção foi de 20,9% e, particularmente, a tendência é que ela cresça no segundo turno, em média 2 pontos percentuais. Já a relação de votos nulos ou em branco, que foi de 4,4% neste primeiro turno para presidente (bem abaixo do observado em outras eleições), normalmente diminui na segunda etapa (em 2018 houve uma ruptura nessa tendência histórica).
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