Durante uma audiência no Comitê Oireachtas(parlamento nacional) na terça-feira(28), a organização Nasc mencionou a qualidade questionável das acomodações oferecidas aos ucranianos na Irlanda e a falta de supervisão e responsabilidade quando ocorrem problemas nas instalações.
Como resultado, a Nasc pediu que a Autoridade de Informação e Qualidade de Saúde (Hiqa) realize inspeções regulares e que seja criado um meio de reclamações para refugiados.
A Nasc também está preocupada com os diferentes modelos de acomodações disponíveis para os beneficiários de proteção temporária que fogem da Ucrânia.
A organização sugeriu a necessidade de estabelecer normas claras e um mecanismo de reclamações eficiente nessa área. Para tanto, a Nasc sugeriu que a Hiqa fosse encarregada de realizar inspeções em acomodações destinadas aos refugiados da Ucrânia.
Melhorias para os refugiados da Ucrânia
Com relação à provisão direta, a Nasc busca um cronograma atualizado para a implementação das recomendações do Livro Branco do governo, que trata do fim dessa prática.
A organização está pedindo ao governo que introduza medidas para melhorar o padrão de vida em provisão direta(sistema de acomodação para requerentes de asilo usado na República da Irlanda)incluindo a extensão do benefício infantil para crianças que vivem no sistema e garantindo que, sempre que possível, estejam disponíveis instalações para cozinhar.
Além disso, a Nasc pediu ao governo para ter cuidado com a linguagem usada ao falar sobre essas questões. Segundo a organização, o governo deve demonstrar liderança e compaixão para com aqueles que chegam à Irlanda em busca de proteção.
Infelizmente, a organização viu elementos políticos de extrema direita se tornarem mais proeminentes à medida que procuram explorar preocupações genuínas que as comunidades possam ter em relação aos serviços, como escolas e médicos(já que moradores locais, reclamam da superlotação em escolas e em clínicas médicas).
No entanto, apesar desses obstáculos, a Nasc continua a lutar por melhorias nas acomodações e no tratamento das pessoas vulneráveis que requerem proteção internacional.
