O número de casos confirmados de Covid-19 no país já ultrapassou a marca indesejada de 1 milhão de casos.
Os dados mais recentes do Centro de Vigilância de Proteção à Saúde (HPSC) indicam que os casos passaram de 23.909 para 1.002.013, desde o início da pandemia.
É o equivalente a uma pessoa em cada cinco na Irlanda que testou positivo para a Covid-19 em uma população estimada em pouco mais de cinco milhões.
Enquanto algumas pessoas tiveram Covid duas vezes, outras, especialmente crianças, foram assintomáticas e não são contabilizadas nos números ou não conseguiram acessar há pouco tempo um teste de PCR.
A chegada da variante Omicron altamente transmissível levou os números diários a níveis sem precedentes.
O primeiro caso foi confirmado em 29 de fevereiro de 2020. Demorou 10 meses para registrar os primeiros 100.000 casos, mas apenas mais um mês para registrar os próximos 100.000, pois a variante Alpha mais transmissível tomou conta.
Após um bloqueio prolongado no inverno e na primavera passada, a variante Delta chegou durante o verão e ainda era mais infecciosa que a Alpha. Isso cooperou para a aceleração no número de infectados.
Meio milhão de casos foi atingido em 15 de novembro e em menos de dois meses mais meio milhão de casos foram registrados.
Atualmente a variante Omicron, a cepa mais infecciosa até o momento, se tornou a dominante.
Houve mais casos registrados nos primeiros cinco dias de 2022 (96.296) do que em todo o ano de 2020 (91.779).
A taxa da Irlanda de 200.000 casos de Covid-19 por milhão é uma das mais altas do mundo, superada apenas por Montenegro (302.902), Eslovênia (273.230), Reino Unido (211.537 por milhão) e Lituânia (204.206), segundo o Worldometer.
A imunologista da Dublin City University, Christine Loscher, disse que os números são “chocantes”, mas não surpreendentes, uma vez que a chegada da variante Omicron correspondeu à abertura geral da sociedade.
De acordo com ela os números dos casos não são tão relevantes agora como eram antes. “Um milhão é uma quantidade grande e quem pensaria que nunca veríamos 25.000 casos por dia também? Precisamos nos concentrar menos no número de infectados. É ótimo que não estejamos vendo as pessoas infectadas adquirirem doenças graves”.
Christine estimou, com base em números da Dinamarca, que entre 5% e 7% dos casos de Omicron podem ser reinfecções, mas isso foi equilibrado com a estimativa de que entre 300.000 e 500.000 infecções não foram registradas no estado até o momento.
Ela disse que pode haver outro milhão de casos antes que a onda Omicron termine, mas a natureza leve dos sintomas que a maioria das pessoas está experimentando torna uma perspectiva menos assustadora do que poderia ter sido no início da pandemia.
“O primeiro meio milhão de casos foram muito mais difíceis do que os últimos meio milhão de casos. Agora temos vacinas, reforços e a natureza da Omicron. Os números de infectados pela Covid-19 não influenciam nossas vidas da mesma maneira.”
Fonte: Irish Times
