Três mães que perderam suas filhas por suicídio após sofrerem bullying online chegaram aos portões da Leinster House na semana passada, juntamente com um grupo de ativistas de direitos humanos, para promover uma petição política. A petição tinha a intenção de convocá-los a aprovar uma lei que tornaria o cyberbullying um crime na Irlanda.
Nicole Fox, 21, Kayleigh Ryan, 14, e Mia O’Neill, 16, tiraram a própria vida após sofrerem cyberbullying.
A mãe de Nicole, Jackie, falou sobre ameaças feitas contra sua filha e abuso físico, bem como abuso online. Ela confidenciou que uma noite ouviu:
“Mãe, eu não quero mais estar aqui, eu não quero viver.”
Mary Sheehan, mãe de Kayleigh Rayan, espera que suas ações convençam qualquer um que seja perseguido a revelar seus sentimentos.
“Diga à sua mãe, diga ao seu pai, diga aos seus amigos, professores, apenas diga”, disse Mary.
Em setembro de 2019, Aisling O’Neill perdeu sua filha, que sofreu assédio racista por anos.
As mães das vítimas apresentaram uma petição, que até agora foi assinada por mais de 33.000 pessoas. A petição foi aceita pelos trabalhistas Brendan Howlin e James Lawless, de Fianna Fáil.
O senhor deputado Howlin disse que todos os partidos políticos estão determinados a criminalizar o cyberbullying e espera aprovar a lei até o final do ano. A ministra da Justiça Helen McEntee também foi convidada a dar prioridade ao assunto.
“É difícil entender que tantos anos se passaram e a lei ainda não foi alterada. Se as pessoas fossem as ruas, então a indignação pública entraria em erupção. As pessoas devem se sentir seguras, seja nas ruas do nosso país ou na internet.” – acrescentou Howlin
O novo presidente da Comissão de Justiça, James Lawless, afirmou que a adoção desta lei é uma prioridade para ele e que a lei será alterada o mais rápido possível.