Cerca de 20 manifestações regionais foram realizadas neste sábado (12) devido ao aumento exponencial do custo de vida na Irlanda.
Os manifestantes, eram formados por 30 organizações, incluindo sindicalistas, entidades estudantis e de pensionistas e partidos políticos da oposição. Com placas na mão, as pessoas exigiam que o governo tomasse medidas radicais contra a inflação e as crises de habitação na Irlanda.
A líder do Partido Trabalhista, Ivana Bacik, dirigiu-se ao protesto em Rathmines, em Dublin.
“Queremos ver ações realmente radicais sendo tomadas para lidar com o aumento do custo de vida, o aumento das taxas de inflação e, em particular, o enorme custo que tantos indivíduos e famílias estão enfrentando com o aumento dos aluguéis e dos preços das hipotecas também”, disse ela.
Temos que priorizar as pessoas antes do lucro, disse o TD Paul Murphy, que esteve envolvido na organização do protesto em Tallaght, sul de Dublin, e afirmou que o impulso por trás da mobilização está crescendo.
“Os protestos vão continuar a crescer porque acho que quando o inverno chegar, a pressão realmente virá sobre as pessoas e elas verão que não foi feito o suficiente para protegê-las”, disse ele.
“Vai esfriar. As pessoas vão precisar usar o aquecedor, e então vão perceber o quanto o preço do gás, do petróleo, tudo aumentou.”
Crise
Segundo Paul Murphy: “As pessoas estão em situações reais de crise. Há um monte de pessoas, principalmente pessoas mais velhas, pessoas com renda fixa, que simplesmente não podem aquecer suas casas neste inverno.”
Em setembro, milhares de pessoas foram às ruas de Dublin em um protesto que foi destinado a pressionar o governo, para a diminuição dos preços, além de mais moradias.
O pacote orçamentário de 11 bilhões do governo divulgado no final de setembro inclui 6,9 bilhões em medidas orçamentárias para o próximo ano, bem como um pacote de 4,1 bilhões em medidas pontuais para ajudar a combater o aumento do custo de vida de indivíduos, e famílias.
